Jornada contra a opressão
Com protagonista feminina, diretor de Rua Cloverfield, 10 faz melhor filme da franquia Predador em décadas.
Iniciando sua carreira cinematográfica em 1987 com o longa de John McTiernan protagonizado por Arnold Schwarzenegger, a franquia O Predador já teve diversas tentativas recentes de dar fôlego aos filmes protagonizados pela criatura alienígena com capacidade para se camuflar e vocação para a caça. Todas elas, péssimas incursões. De cabeça, tem Predadores de 2010 com Adrien Brody e Alice Braga, um filme completamente esquecível. Há pouco menos de cinco anos, tivemos O Pedrador de Shane Black, que foi até simpático em certa medida, mas tinha seus deslizes. No entanto, O Predador: A Caçada produção original da Hulu que chega ao Brasil pelo Star+ é uma empreitada de outra natureza. A melhor da franquia em anos.
Dirigido por Dan Trachtenberg, o mesmo por trás de Rua Cloverfield, 10, O Predador: A Caçada traz sua ação para a América do Norte de 1719 quando uma jovem comanche tem que dar provas de sua capacidade de liderança para toda a sua comunidade extremamente patriarcal. Ninguém acredita na garota quando ela diz ter visto a criatura assassina pelas redondezas da sua tribo. É então que ela empreende uma jornada para provar que o monstro existe e que ela é capaz de derrotá-lo sozinha.
Na essência, O Predador: A Caçada é até um longa bastante simples, sustentado pela eficiência na condução dos seus pilares básicos: sequências de ação de tirar o fôlego e uma narrativa inspiracional condizente com questões em voga para a atual geração. Direto ao ponto e sem as firulas de Shane Black, último cineasta que se aventurou na franquia, Dan Tachtenberg faz um filme repleto de acertos.
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