A situação imposta a personagem de Kristen Stewart em Ameaça Profunda é bem parecida àquele que vimos ser vivenciada por Ripley, personagem de Sigourney Weaver em Alien: O 8º Passageiro. Ela e um grupo de pesquisadores estão em um laboratório subterrâneo e de repente são encurralados por criaturas submarinas. Assim, no filme, o espectador basicamente acompanha a luta desses personagens encurralados nesse espaço por essa ameaça desconhecida.
Acontece que antiguidade é posto e o diretor William Eubank (de O Sinal: Frequência do Medo) nem está tão inspirado assim e a lembrança de Alien só fica mesmo nesse mote do longa e em referências como a cena da autópsia da criatura e a presença de Stewart com roupas íntimas curtíssimas em toda a ação. Ameaça Profunda é pouco inspirado e a despeito de momentos de pontual entretenimento não faz muito pelo gênero.
Eubank confunde a demanda de uma atmosfera de suspense com jump scares a todo instante e não consegue construir um mise-en-scene interessante nas limitações espaciais da sua história, que basicamente se passa nesse laboratório subaquático. Para completar, o roteiro escrito por Brian Duffield e Adam Cozad é falho na contextualização dos acontecimentos, jamais mantendo o espectador ciente de maneira convincente e elaborada sobre as razões que levaram àqueles personagens a estarem ali, seus dramas pessoais, pormenores das relações da empreitada com o governo etc.
O espectador mais familiarizado com propostas do gênero, não terá grandes momentos na sua experiência com Ameaça Profunda. A ideia e as intenções do projeto até dariam um "bom caldo" nas mãos de outras pessoas. Como está, é um filme que derrapa consideravelmente na execução.
Assista ao trailer:
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