Desde 2009, o departamento de animações da DC Comics na Warner não lançava uma nova empreitada solo da Mulher Maravilha em seu catálogo. Dez anos depois, chega para o público em DVD e serviços de locação digital Mulher Maravilha: Linhagem de Sangue, o segundo título com a heroína na filmografia do estúdio.
O longa de animação é dirigido por Sam Liu, um dos cabeças dessas produções, e Justin Copeland, que está nos créditos de Batman: Silêncio, inclusive. Não pretendendo ser uma continuação do longa Mulher Maravilha de 2009, lançado bem antes do surgimento de Gal Gadot como a personagem nos live actions com Batman vs. Superman: A Origem da Justiça, Mulher Maravilha: Linhagem de Sangue surge no catálogo como uma aventura isolada da personagem.
No filme somos apresentados brevemente às origens da heroína, o aparecimento de Steve Trevor na ilha das Amazonas e a ida de Diana para os EUA. Na animação, entretanto, os roteiristas oferecem uma oposição entre a Mulher Maravilha e sua mãe, a rainha Hippolyta, que acaba se revelando interessante como conflito para a história.
Mulher Maravilha: Linhagem de Sangue sabe oferecer essa recapitulação sobre as origens da personagem de maneira sintética, contextualizando iniciados sem aborrecer os fãs usuais desse tipo de conteúdo. A animação introduz algumas personagens na origem da Mulher Maravilha que criam dilemas interessantes para a personagem ao longo da trama, entre elas uma "meia irmã" ressentida da Amazona que sucumbe à vilania.
O longa explora todo o catálogo de vilãs da heroína nos quadrinhos com relativo êxito. Estão presente ao longo da história personagens como a Dra. Veneno, a Mulher Leopardo e a Giganta. Medusa também dá às caras e acaba se tornando uma figura importante para o terceiro ato da aventura.
No fim das contas, Linhagem de Sangue se revela uma aventura satisfatória da Mulher Maravilha, com um equilíbrio interessante entre ação e humor, um uso certeiro de personagens carismáticos que quebram a seriedade de Diana, como Etta Candy e Steve Trevor. Sem pretensões e com fidelidade às principais questões no entorno da clássica heroína da DC Comics é um exemplar bem satisfatório do selo.
Wonder Woman: Bloodlines, 2019. Dir.: Sam Liu e Justin Copeland. Roteiro: Mairghread Scott. Vozes de: Rosario Dawson, Jeffrey Donovan, Marie Avgeropoulos, Nia Vardalos, Kimberly Brooks, Mozhan Marnò, Adrienne C. Moore, Cree Summer. Warner, 83 min.
Assista ao trailer:
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