Comédias românticas costumam ser um gênero marginalizado pela cinefilia. Um Lugar chamado Notting Hill conseguiu quebrar um pouco do "ranço" com esse nicho de produção, firmando-se como um grande exemplar do cinema de maneira geral. Com um roteiro simples e extremamente inteligente de Richard Curtis (Simplesmente Amor) na concepção de diálogos bem humorados que dialogam com o seu tempo e com uma das temáticas transversais da obra, Hollywood e o star system, Um Lugar chamado Notting Hill conta o romance entre a mega estrela de cinema Anna Scott e o dono de livraria William Thacker.
Na escalação do elenco, uma das decisões mais sensatas da indústria. De um lado, uma das maiores estrelas de cinema do seu tempo, Julia Roberts, uma figura até hoje magnética na tela, no auge da sua fama em Notting Hill. Do outro lado, Hugh Grant, ator que conseguiu viver com propriedade um tipo desengonçado e charmoso pelo seu excesso de polidez tipicamente inglês. Um match por excelência, não teria como dar errado na tela.
Na escalação do elenco, uma das decisões mais sensatas da indústria. De um lado, uma das maiores estrelas de cinema do seu tempo, Julia Roberts, uma figura até hoje magnética na tela, no auge da sua fama em Notting Hill. Do outro lado, Hugh Grant, ator que conseguiu viver com propriedade um tipo desengonçado e charmoso pelo seu excesso de polidez tipicamente inglês. Um match por excelência, não teria como dar errado na tela.
Completando vinte anos de lançamento nos cinemas, Um Lugar chamado Notting Hill prima pela maneira como utiliza as marcas do gênero em prol da construção de uma história que tem consciência da maneira como as utiliza. É um filme que trata do fascínio pelo que está na tela exercitando um encantamento pelo seu romance no estilo A Dama e o Vagabundo.
O longa constrói uma aura romântica palpável na mítica do rapaz comum que se apaixona pela estrela de cinema cujo rosto exerce fascínio global. Traz os bastidores da indústria como algo nada utópico, emaranhado pelo cotidiano comum de Thacker e seus amigos. O diretor Roger Mitchell consegue em Notting Hill um entrecaminho entre o romantismo e o trivial, o "pé no chão" do lugar qualquer ("nothing" hill) com um mundo de sonhos (a Beverly Hills de Anna Scott). Um Lugar chamado Notting Hill tem essa aura especial e é uma delícia de rever.
Notting Hill, 1999. Dir.: Roger Mitchell. Roteiro: Richard Curtis. Elenco: Julia Roberts, Hugh Grant, Rhys Ifans, James Dreyfus, Emma Chambers, Gina McKee, Hugh Bonneville, Emily Mortimer, Lorelei King. Universal, 124 min.
Assista ao trailer:
COMENTÁRIOS