Como o tempo livre anda curto para qualquer um, por vezes incompatível com quantidade de ofertas de séries que andam por ai, tivemos a iniciativa de criar uma coluna na qual testamos, no mínimo, os três primeiros episódios de dois shows que gostaríamos de assistir para decidir qual deles damos prosseguimento. As primeiras séries que submetemos ao teste são Lucifer e Outlander, ambas prestes a irem para suas respectivas quartas temporadas e disponíveis no catálogo da Netflix. Confira abaixo o que achamos dos momentos iniciais da primeira temporada de cada uma dela e com qual das duas ficamos no final das contas. Espero que gostem!
Lucifer é baseada nos quadrinhos homônimos da Vertigo, selo alternativo da DC Comics, cuja autoria pertence a Mike Carey. A série narra a passagem do anjo caído Lucifer na Terra quando ele, por um ato de rebeldia contra o criador, decide passar algum tempo entre os mortais abandonando a "administração" do inferno.
O grande benefício da série é contar com o ator Tom Ellis como o protagonista. Ellis esbanja carisma como o personagem, fugindo do retrato perverso que se espera do demônio, mas também capitalizando algumas características da figura propagadas pelo imaginário, como sua libido sexual, a facilidade que tem para seduzir as pessoas e seu humor ácido, cheio de ironia. O atrativo da série é acompanhar esse personagem e como ele reage às diversas situações que vivencia e como sua relação com humanos o faz repensar uma série de convicções, algo que fica ainda mais curioso quando notamos que Lucifer escolheu Los Angeles como residência temporária, tendo relações baseadas em trocas de favores com jovens estrelas que desejam ascensão em Hollywood e acabam fazendo pactos com o demônio vivido por Ellis. Os maiores destaques são as cenas de Ellis com a terapeuta do diabo interpretada por Rachael Harris.
Aos que não gostam do formato monster of the week, a série pode ser um programa cansativo pois ela existe para que Lucifer e a policial Chloe Decker solucione casos de crime em Los Angeles - ainda que todos eles sirvam para dar continuidade a arcos dos seus protagonistas, o que dá uma continuidade a todos os eventos exibidos. Um dos pontos fracos da série (até o terceiro episódio da primeira temporada, pelo menos) é a relação amorosa que ela sugere entre o personagem de Ellis e a policial interpretada por Lauren German, uma sintonia construída por uma base simplista demais que até destoa da forma interessante com que o show apresenta o seu protagonista. No entanto, como salientamos, é uma impressão inicial, pode ser que com o tempo esse relacionamento ganhe contornos mais fortes e profundos.
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O grande benefício da série é contar com o ator Tom Ellis como o protagonista. Ellis esbanja carisma como o personagem, fugindo do retrato perverso que se espera do demônio, mas também capitalizando algumas características da figura propagadas pelo imaginário, como sua libido sexual, a facilidade que tem para seduzir as pessoas e seu humor ácido, cheio de ironia. O atrativo da série é acompanhar esse personagem e como ele reage às diversas situações que vivencia e como sua relação com humanos o faz repensar uma série de convicções, algo que fica ainda mais curioso quando notamos que Lucifer escolheu Los Angeles como residência temporária, tendo relações baseadas em trocas de favores com jovens estrelas que desejam ascensão em Hollywood e acabam fazendo pactos com o demônio vivido por Ellis. Os maiores destaques são as cenas de Ellis com a terapeuta do diabo interpretada por Rachael Harris.
Aos que não gostam do formato monster of the week, a série pode ser um programa cansativo pois ela existe para que Lucifer e a policial Chloe Decker solucione casos de crime em Los Angeles - ainda que todos eles sirvam para dar continuidade a arcos dos seus protagonistas, o que dá uma continuidade a todos os eventos exibidos. Um dos pontos fracos da série (até o terceiro episódio da primeira temporada, pelo menos) é a relação amorosa que ela sugere entre o personagem de Ellis e a policial interpretada por Lauren German, uma sintonia construída por uma base simplista demais que até destoa da forma interessante com que o show apresenta o seu protagonista. No entanto, como salientamos, é uma impressão inicial, pode ser que com o tempo esse relacionamento ganhe contornos mais fortes e profundos.
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Já Outlander é um romance de época com uma dose de fantasia e que envolve uma viagem no tempo empreendida por Claire Randall, uma enfermeira inglesa da Segunda Guerra Mundial. A personagem interpretada por Caitriona Balfe está tentando ajustar os termos da sua relação com o esposo depois do final da guerra, reconstruindo a intimidade que tinham antes do conflito. De repente, ela é transportada para 1743, sendo resgatada por um grupo de escoceses quando estava prestes a ser estuprada por um soldado inglês. Logo Claire se transforma numa espécie de curandeira local, já que seus conhecimentos sobre medicina são avançados demais para a sociedade da época.
Baseada nos livros da autora Diana Gabaldon, a série explora as complicadas relações entre ingleses e escoceses no seu pano de fundo, tendo o romance como potencial carro-chefe do programa. Contra sua narrativa, Outlander tem o tempo que toma no desenvolvimento de sua história. No entanto, é interessante como ela estabelece nesse início um triângulo amoroso tendo como centro sua protagonista feminina, interpretada pela ótima Caitriona Balfe. O espectador não tem grandes sobressaltos ou surpresas, mas fica claro que algo começa a ser construído em termos de relações e possibilidades de conflito, como, por exemplo, a maneira como a sociedade do século XVIII enxerga o conhecimento de Claire na medicina, tendo-a por vezes como uma feiticeira, além disso, temos as cicatrizes físicas e psicológicas de Jamie, jovem escocês que logo demonstra um interesse pela protagonista e parece ser correspondido por ela.
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Nossa escolha
A escolha fica difícil porque até aqui ambas tem pontos positivos e outros que mereceriam um reajuste. Optamos por Outlander por pressentir que talvez seja aquela que tem mais fôlego. No entanto, no menor sinal de monotonia, retornaremos a Lucifer.
E vocês? Já assistiram Lucifer ou Outlander? Qual seria a escolha de vocês?
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