Quando J. J. Abrams revitalizou Star Trek nos cinemas em 2008, os fãs da icônica franquia televisiva e cinematográfica celebraram pois o realizador estava no seu melhor momento, colhendo frutos com o sucesso de Lost na TV e com o êxito de sua empreitada nos cinemas com Missão: Impossível 3. Não há como negar que Abrams fez muito para Star Trek e ainda conseguiu imprimir a sua marca tanto no longa de 2008 quanto em sua continuação Além da Escuridão: Star Trek, de 2013. Todavia, também não podemos negar que, apesar de preservar o espírito dos personagens e das suas relações, agradando aos fãs mais severos de Star Trek, os filmes de Abrams eram marcados por um tom severo e de urgência que tornaram a franquia indistinta de outros produtos do seu tempo que usaram e abusaram do tom sombrio.
Sob o comando de outro diretor, o taiwanês Justin Lin (de Velozes e Furiosos 6), Star Trek: Sem Fronteiras tem um outro direcionamento, algo mais despojado e calibrado pelo puro e instintivo senso de entretenimento, o que o transforma em um segmento necessário para dar novos ares e um importante e necessário salto no Star Trek dessa geração. Em Star Trek: Sem Fronteiras, a tripulação da USS Enterprise se depara com uma nova ameaça que os torna reféns de um grupo que habita um planeta desconhecido e põe em risco a paz do universo.
Sob o comando de outro diretor, o taiwanês Justin Lin (de Velozes e Furiosos 6), Star Trek: Sem Fronteiras tem um outro direcionamento, algo mais despojado e calibrado pelo puro e instintivo senso de entretenimento, o que o transforma em um segmento necessário para dar novos ares e um importante e necessário salto no Star Trek dessa geração. Em Star Trek: Sem Fronteiras, a tripulação da USS Enterprise se depara com uma nova ameaça que os torna reféns de um grupo que habita um planeta desconhecido e põe em risco a paz do universo.
Como tem sido mencionado pela crítica desde a sua estreia, essa ambiência desse capítulo da franquia, que, segundo os fãs, traz uma aproximação nostálgica do filme com o legado da série, é um acerto e tanto do roteiro bem humorado de Simon Pegg (intérprete do engenheiro Montgomery Scott) e Doug Jung (que também está no elenco do filme). Como Abrams dedicou os dois filmes anteriores a introdução de personagens para as novas gerações, bem como às relações que estabelecem entre si, coube ao longa de Justin Lin trabalhar com a ação de um universo já estabelecido, indo ao extremo da aventura frenética, o que fez muito bem ao longa. Esse tratamento objetivo, sem rodeios ou complicadores é muito positivo.
De tudo o que é visto em cena, contudo, o ponto alto de Star Trek: Sem Fronteiras é a interação da equipe da Enterprise, que fica ainda mais íntima e harmônica, explorando gags de velhos amigos, mas também o potencial de cada um desses personagens com suas habilidades específicas no front de batalha. Além disso, como superar o uso de "Sabotage" dos Beastie Boys em uma importante sequência de ação envolvendo a Enterprise? Ou mesmo como ser melhor do que a cena do ataque a Enterprise, provavelmente, uma das sequências de efeitos visuais mais bem executadas do ano? Star Trek: Sem Fronteiras é o que de melhor uma aventura espacial típica de uma matinê old school pode oferecer.
Star Trek Beyond, 2016. Dir.: Justin Lin. Roteiro: Simon Pegg e Doug Jung. Elenco: Chris Pine, Zachary Quinto, Zoe Saldana, Karl Urban, Sofia Boutella, Simon Pegg, Idris Elba, Anton Yelchin, Johm Cho, Shoreh Aghdashloo. Paramount, 122 min.
Assista ao trailer do filme:
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