Em Um Homem entre Gigantes, Will Smith vive um médico forense que descortina reiterados casos de traumas cerebrais entre jogadores de futebol americano, levando às últimas consequências sua descoberta e enfrentando a poderosa NFL, liga do esporte nos EUA. Dirigido por Peter Landesman, de JFK - A História não Contada, o novo longa protagonizado por Smith é visivelmente apático do início ao fim. Enfatizando a natureza heróica do seu protagonista e de cada ato e decisão tomada por ele, Landesman oscila entre uma condução morna, que não aposta nem mesmo no talentoso elenco encabeçado por Smith (ainda fazem parte do filme atores interessantes como Gugu Mbatha-Raw, Alec Baldwin, Albert Brooks e Luke Wilson), nem tenta encaminhar sua história para direções que não sejam as do óbvio maniqueísmo. O filme é daquelas histórias que só não se tornam mais descartáveis do que já são em função dos seus biografados e da força do caso real que a inspira. Como relato ou dramatização cinematográfica, Um Homem entre Gigantes é instável e não consegue produzir climax ou mesmo oferecer uma perspectiva complexa sobre os temas que sua trama enseja. O resultado é que extrai-se muito pouco do produto final, a não ser o que existe antes e independente dele, ou seja, a própria batalha empreendida pelo médico Bennet Omalu contra a NFL, mas daí a discussão toma um rumo que nada tem a ver com cinema.
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