Em Meu Amigo Hindu, Hector Babenco interrompe um hiato de quase dez anos desde o seu Ășltimo longa, O Passado com Gael Garcia Bernal, para contar uma histĂłria bastante pessoal. No filme, o cineasta revive uma das fases mais conturbadas da sua vida, quando enfrentou a morte de perto ao passar por um tratamento contra um cĂąncer. No longa, Babenco conta para o espectador toda a sua jornada numa espĂ©cie de 8 1/2 do realizador, fazendo um inventĂĄrio da sua prĂłpria vida e refletindo sobre suas realizaçÔes profissionais e seu papel como colega de trabalho, amigo e marido. Babenco traz como balizador dessa jornada a amizade que o seu protagonista começa a estabelecer com um garoto hindu que conhece nas sessĂ”es de quimioterapia e que passava pelo mesmo problema de saĂșde que ele.
Fazendo as vezes de Babenco encontramos o ator norte-americano Willem Dafoe, muito interessante e entregue em cena. HĂĄ um desfile de rostos conhecidos no Brasil ao longo da projeção do filme, como MaitĂȘ Proença, Dan Stulbach, Dalton Vigh, Ary Fontoura etc. , mas talvez as presenças mais importantes e de maior destaque ao longo da fita sejam as de Maria Fernanda CĂąndido, que vive LĂvia, a primeira esposa do diretor, Reynaldo Gianecchini, intĂ©rprete de um mĂ©dico que vem a ser DrĂĄuzio Varella fora das telas, Selton Mello como a morte, e BĂĄrbara Paz, atual esposa do cineasta, vivendo ela mesma no longa. HĂĄ, por parte do Babenco, uma iniciativa sincera de revelar o que existe de mais nobre, questionĂĄvel e atĂ© mesmo repulsivo em seus sentimentos, pensamentos e posicionamentos diante da vida e daqueles que estĂŁo ao seu redor. O filme Ă© um pouco hermĂ©tico, mas tem seus bons momentos e, se o espectador realmente se dedicar a experiĂȘncia de contemplĂĄ-lo entendendo-o como um delĂrio visual e filosĂłfico sobre a existĂȘncia, ou seja, como uma obra repleta de metĂĄforas, pode render interessantes leituras pessoais e um saldo bastante positivo apĂłs a sessĂŁo.
Fazendo as vezes de Babenco encontramos o ator norte-americano Willem Dafoe, muito interessante e entregue em cena. HĂĄ um desfile de rostos conhecidos no Brasil ao longo da projeção do filme, como MaitĂȘ Proença, Dan Stulbach, Dalton Vigh, Ary Fontoura etc. , mas talvez as presenças mais importantes e de maior destaque ao longo da fita sejam as de Maria Fernanda CĂąndido, que vive LĂvia, a primeira esposa do diretor, Reynaldo Gianecchini, intĂ©rprete de um mĂ©dico que vem a ser DrĂĄuzio Varella fora das telas, Selton Mello como a morte, e BĂĄrbara Paz, atual esposa do cineasta, vivendo ela mesma no longa. HĂĄ, por parte do Babenco, uma iniciativa sincera de revelar o que existe de mais nobre, questionĂĄvel e atĂ© mesmo repulsivo em seus sentimentos, pensamentos e posicionamentos diante da vida e daqueles que estĂŁo ao seu redor. O filme Ă© um pouco hermĂ©tico, mas tem seus bons momentos e, se o espectador realmente se dedicar a experiĂȘncia de contemplĂĄ-lo entendendo-o como um delĂrio visual e filosĂłfico sobre a existĂȘncia, ou seja, como uma obra repleta de metĂĄforas, pode render interessantes leituras pessoais e um saldo bastante positivo apĂłs a sessĂŁo.
My friend Hindu, 2016. Dir.: Hector Babenco. Roteiro: Hector Babenco. Elenco: Willem Dafoe, Maria Fernanda CĂąndido, Selton Mello, Reynaldo Gianecchini, BĂĄrbara Paz, Guilherme Weber, Dan Stulbach, Tuna Dwek, MaitĂȘ Proença, Tania Khallil, Dalton Vigh, Ary Fontoura. Europa Filmes, 124 min.
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