Junto com Como treinar o seu Dragão (isso se a gente não pensar em Shrek, que apesar de ter um decréscimo na qualidade dos seus filmes nos últimos capítulos da franquia, fez história com os seus dois primeiros longas), a série animada Kung Fu Panda é uma das empreitadas mais bem-sucedidas da DreamWorks Animation, atingindo o equilíbrio entre o êxito financeiro e a integridade cinematográfica que muitos estúdios de animação desejam. Bem longe de obter o mesmo resultado que a Pixar ou a Disney, a DreamWorks sofre em meio a animações irrelevantes e outras que simplesmente não "colam", entre elas Madagascar, Os Sem Florestas e Monstros vs. Alienígenas. Com Kung Fu Panda, o resultado é outro. Kung Fu Panda chega ao seu terceiro capítulo com Kung Fu Panda 3 de maneira mais digna que o famoso ogro verde do estúdio, por exemplo. Os realizadores da franquia não perderam o fio da meada e a coerência da sua narrativa e dos seus personagens, nem deixaram de tornar os longas da série cada vez mais divertidos. Nesse terceiro filme, existem duas tramas em paralelo, a primeira diz respeito ao perigoso touro Kai, que retorna do mundo dos mortos para instalar o caos entre os mestres do kung fu. Já a segunda é o encontro de Po com seu pai biológico e o conhecimento de uma aldeia secreta repleta de pandas. As duas tramas são desenvolvidas de maneira satisfatória por Jennifer Yuh e Alessandro Carloni. Além disso, tecnicamente, Kung Fu Panda 3 é irrepreensível e esteticamente recorrem a um visual interessante que aposta no impacto e na beleza de interessantes composições de imagens e cores.
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