Há anos Diane Keaton pena para encontrar um bom projeto que lhe sirva desde Alguém tem que ceder. De Minha mãe quer que eu case ao recente Um Amor de Vizinha, no qual divide cena com Michael Douglas, a eterna Annie Hall tem enfrentado tempos difíceis no cinema. Ruth e Alex não seria diferente. Ao lado de Morgan Freeman, a atriz protagoniza a história de um casal que decide vender o apartamento onde viveram juntos durante anos em Nova York. Sob o comando de Richard Loncraine, de filmes pouco expressivos como Wimbledon - O Jogo do Amor, apesar de ter no currículo o interessante Ricardo III com Ian McKellen, Ruth e Alex é um filme absolutamente apático às voltas com a vida do casal protagonista. Ao longo da fita não nos é oferecida uma razão aceitável para que tal história nos seja contada a não ser o fato de vermos Freeman e Keaton juntos pela primeira vez nos cinemas. O roteiro de Charlie Peters une algumas tramas paralelas em busca de uma coesão ou unidade e de uma "mensagem" para a sua história. Temos a trama da venda do apartamento em si, o drama envolvendo a cachorrinha do casal que apresenta um problema sério na coluna e corre o risco de perder o movimento das patas e uma caçada ao responsável por um atentado criminoso na vizinhança. A conexão encontrada por Peters é risível e gira em torno do mundo louco que vivemos, de acordo com a narração do personagem de Morgan Freeman. Não se pode falar nem mesmo das interpretações dos seus atores, já que enquanto Freeman e Keaton estão no automático, a querida Cynthia Nixon vive uma estereotipada corretora de imóveis. Tudo é desperdício em Ruth e Alex, tudo.
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