Jogada de Mestre parece ser um daqueles filmes que você confere no SuperCine quando está de bobeira em casa num sábado à noite. O longa é baseado em eventos reais e narra o sequestro do empresário Freddy Heineken (sim, o dono da cerveja de mesmo nome). Na ocasião, o preço do resgate do magnata foi o maior valor pago em um sequestro já registrado. O longa de Daniel Alfredson (das versões suecas da trilogia Millenium), no entanto, é levemente insignificante, bem esquecível. O interesse de Alfredson parace ser basicamente na história do sequestro, narrando todos os eventos que envolveram a sua preparação, as relações entre sequestradores e sequestrado no cativeiro e o que ocorreu após a entrega do dinheiro. Alfredson pincela um dado ou outro sobre o próprio Heineken ou sobre os seus sequestradores, mas tudo é muito superficial, praticamente não há personagens desenvolvidos e todos existem em função do evento narrado no longa, tornando o filme frio e, por vezes, desinteressante. Nisso, as interpretações do seu elenco são bem apagadas, ainda que Anthony Hopkins exerça alguma atração por não poder dar vazão ao seu modo "piloto automático Hanibal Lecter". Jogada de Mestre capta a atenção como o relato de um crime que aconteceu de fato, mas como narrativa, está longe de ser das mais interessantes em cartaz.
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