A trama de A Incrível História de Adaline lembra vagamente a de O Curioso Caso de Benjamin Button - que, por sua vez, trazia ecos de Forest Gump: O Contador de Histórias. O longa de Lee Toland Krieger, de Celeste e Jesse para Sempre, traz a história de uma mulher que fica imune às ações do tempo após sofrer um grave acidente de automóvel. O filme evoca o romantismo na medida em que tenta dimensionar para o espectador a paixão arrebatadora da solitária protagonista por seu leading man e o seu drama de ver todos aqueles que ama envelhecerem e de repente sumirem da sua vida. O grande problema é que diferente do que acontecia em O Curioso Caso de Benjamin Button a inusitada condição biológica da personagem não é abordada em tom fabular, mas sim em um envólucro de drama fincado na realidade, no melodrama e na ficção científica, uma combinação pouco eficiente e harmônica. Além disso, A Incrível História de Adaline tem um romance central muito fraco, que conta com uma Blake Lively muito eficiente na pele da protagonista, mas tem em Michiel Huisman, de Game of Thrones, um galã que pouquíssimo tem a fazer ou dizer em cena. O que sobra são as boas intenções de um diretor empenhado apesar de permanecer enredado em fórmulas folhetinescas e o carisma de atores veteranos como Harrison Ford, Ellen Burstyn e Kathy Baker em breves participações.
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