É assim que as coisas acontecem em Hollywood e Julianne Moore não foi a primeira atriz, nem será a última, a ter seu nome e título de "ganhadora do Oscar" vinculados a um filme mediano. Meryl Streep, por exemplo, ganhou o prêmio pelo medíocre A Dama de Ferro. E o que dizer de Al Pacino que diante de tantas performances icônicas venceu a estatueta por Perfume de Mulher? Não que Para Sempre Alice seja um filme catastrófico, não é, mas é frágil, um dramalhão sobre Alzheimer completamente "lugar comum". O longa de Richard Glatzer e Wash Westmoreland assume o tom de telefilme quando os telefilmes eram ruins ao contar a história de uma renomada professora de linguística descobrindo ter um tipo raro de Alzheimer e como isso mobilizou seus familiares.
Baseado no romance de Lisa Genova, Para Sempre Alice fica entre o drama familiar e a bandeira social. Por oscilar tanto entre essas duas pretensões, acaba sendo falho em ambas: cria conflitos familiares pouco esmiuçados, apenas sugeridos (como é o caso daquele vivido entre Alice e sua filha mais nova, interpretada por Kristen Stewart), e soa artificial e redundante quando tenta chamar a atenção do espectador para a condição clínica da sua protagonista. O desempenho de Julianne Moore é irretocável e garante o interesse no filme e sua singularidade. A atriz percorre toda a trajetória da sua personagem sem grandes afetações e isso ajuda e muito o filme a tornar-se simpático aos olhos do público, mesmo aquele mais exigente. Contudo, em termos de Oscar, não há como negar que a Academia teve oportunidades melhores de premiá-la, como em Mal do Século (pelo qual não foi nomeada), Boogie Nights, As Horas, Longe do Paraíso e, recentemente, Mapas para as Estrelas, pelo qual, a exceção do Globo de Ouro (ironia do destino, uma das premiações mais criticadas pela sua falta de criticidade nas escolhas), sequer foi lembrada e que fora lançado no mesmo ano de Alice. Acontece.
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Baseado no romance de Lisa Genova, Para Sempre Alice fica entre o drama familiar e a bandeira social. Por oscilar tanto entre essas duas pretensões, acaba sendo falho em ambas: cria conflitos familiares pouco esmiuçados, apenas sugeridos (como é o caso daquele vivido entre Alice e sua filha mais nova, interpretada por Kristen Stewart), e soa artificial e redundante quando tenta chamar a atenção do espectador para a condição clínica da sua protagonista. O desempenho de Julianne Moore é irretocável e garante o interesse no filme e sua singularidade. A atriz percorre toda a trajetória da sua personagem sem grandes afetações e isso ajuda e muito o filme a tornar-se simpático aos olhos do público, mesmo aquele mais exigente. Contudo, em termos de Oscar, não há como negar que a Academia teve oportunidades melhores de premiá-la, como em Mal do Século (pelo qual não foi nomeada), Boogie Nights, As Horas, Longe do Paraíso e, recentemente, Mapas para as Estrelas, pelo qual, a exceção do Globo de Ouro (ironia do destino, uma das premiações mais criticadas pela sua falta de criticidade nas escolhas), sequer foi lembrada e que fora lançado no mesmo ano de Alice. Acontece.
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