Vizinhos até ensaia ser uma comédia diferenciada da média que anda sendo feita nos EUA. Aqui e ali existem insights interessantes sobre a vida de jovens casais que vivem o dilema de administrar as responsabilidades da vida adulta a partir do nascimento de um filho com os desejos da própria juventude, o que acaba rendendo uma parceria espetacular entre Seth Rogen e a australiana Rose Byrne. No entanto, o filme derrapa com a entrada do personagem de Zac Efron e todo o grupo da república que acaba se tornando vizinho dos personagens de Rogen e Byrne. Os realizadores do projeto preferem dar enfoque a piadas que acreditam que para tirar gargalhadas da plateia precisam apelar para o mau gosto e para a escatologia. Além disso, como se não bastasse a interpretação canastrona de Efron, que vinha evoluindo em seus últimos trabalhos, o filme usa e abusa desnecessariamente da estampa do ator para atrair as adolescentes, trazendo-o desnecessariamente descamisado em cena, um recurso que já vimos em outros filmes com ele, como Obsessão, mas que justificavam a sua existência na fita pelo próprio desenrolar da história e pela proposta dos longas. Aqui, é tudo muito gratuito.
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