Sabe aqueles filmes que suplicam por uma lágrima do espectador a cada 10 minutos? A Culpa é das Estrelas é assim. E, se por um lado, essa característica da obra é extremamente sedutora e, de fato, se não tivermos cuidado nos convence da naturalidade das emoções que ela provoca, por outro, pode soar irritante quando o espectador cai em si e percebe que está sendo manipulado. Existem cenas, diálogos e recursos (ah, as cartas...) que visam explicitamente provocar esse tipo de comoção sem muita naturalidade, quase que camuflado por trás de propósitos bem intencionados. O que não dá para negar é que é um filme com interpretações muito bem conduzidas pelo elenco, sobretudo pela dupla central Shailene Woodley e Ansel Elgort, fora veteranos como Laura Dern e Willem Dafoe em participações muito interessantes. O carregado teor melodramático da trama não chega a ser um componente que destrua os méritos do filme, um fenômeno popular muito mais positivo para a atual geração do que a saga Crepúsculo, por exemplo, mas incomoda, mostra que os responsáveis pesaram a mão demais, não confiaram o bastante na sensibilidade da sua plateia.
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