Divergente
Divergente poderia até ser uma fita juvenil bacaninha não fosse sua correspondência gritante com Jogos Vorazes. Ajustando um elemento ou outro, a história da jovem que não se enquadra em nenhum tipo de rótulo e começa a liderar um movimento de rebelião contra um governo ditatorial é a mesma daquela apresentada na franquia liderada por Jennifer Lawrence. Há uma excelente Shailene Woodley, mostrando que tem força para trilhar um caminho próprio e não ser somente a revelação de Os Descendentes, e Kate Winslet, burocrática sim, mas habitualmente bem como a grande vilã do filme. A vergonha entre os atores fica por conta de Theo James, transmitindo canastrice em todas as suas cenas que mais parecem extraídas de um clipe de moda, já que o ator exagera em olhares e expressões que parecem estrategicamente contruídas para mexerem com os hormônios das adolescentes.
300 - A Ascensão do Império não chegou a ser uma continuação ruim já que o novo diretor, Noam Murro, mostra-se ciente do escopo do seu trabalho perto da dimensão do primeiro filme, lançado em 2007, sob a direção de Zack Snyder. O grande atrativo dessa nova perspectiva sobre os eventos de 300 é a presença de Eva Green conduzindo muito bem uma personagem forte e e tão intrigante que praticamente torna a trama tolinha do filme descartável diante do desejo do público de desvendar sua personalidade.
Uma Aventura Lego
Talvez o grande problema de Uma Aventura Lego seja encontrar um público para dialogar. O filme fica sempre nas intenções intermediárias: quer agradar os pequenos, mas não deixa de despejar referências e piadas que só adultos entenderão. No final, acaba não agradando completamente nenhum desses públicos. A história não cativa tanto as crianças e os adultos sentem-se entediados por uma solução ou outra que soa simplista ou frustrante demais perto do potencial que a fita apresentava.
O Espetacular Homem-Aranha 2 - A Ameaça de Electro
Essa nova fase do Homem-Aranha com tão pouco tempo do término da trilogia anterior comandada por Sam Raimi e protagonizada por Tobey Maguire continua completamente supérflua, descartável. No entanto, O Espetacular Homem-Aranha 2 parece muito mais seguro narrativamente que seu filme anterior. Tanto o diretor Marc Webb, quanto o seu ator principal Andrew Garfield parecem mais seguros na definição de uma personalidade para Peter Parker, antes praticamente inexistente. Ajustes no romance central são feitos e um futuro promissor para a nova franquia é vislumbrado. Mas tudo ainda está no terreno da promessa, já que muitos pontos negativos continuam presentes no balanço geral.
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