O diretor Gareth Edwards e seus colaboradores consertam a má impressão deixada por diversos equívocos da versão norte-americana de 1998, o principal deles, ter transformado o Godzilla em um "vilão" com sede de destruição por Nova York. O Godzilla de Edwards traz o gigante como uma força da natureza fruto do descaso humano e disposta a trazer um equilíbrio. Assim, não é um arqui-inimigo, mas também não é um defensor dos humanos. O tropeço desse longa está na superficialidade dos dramas construídos e que deveriam sustentar o interesse e o vínculo do espectador com a fita. Para variar, temos o passado mal resolvido entre pai e filho, um marido tentando voltar para esposa e filho em meio ao caos deixado pelo ataque dos monstros e por ai vai. Tramas superficiais que poderiam ser sustentadas caso os melhores atores do elenco (Juliette Binoche, Bryan Cranston, Ken Watanabe, Sally Hawkins e Elizabeth Olsen) tivessem mais tempo em cena. No lugar disso, Edwards concentra sua atenção em um inexpressivo Aaron Taylor-Johnson que nunca consegue se encaixar em seu personagem, nem transmitir a menor credibilidade através das suas reações diante dos acontecimentos no longa.
COMENTÁRIOS