Clube de Compras Dallas é um filme para seus atores. No longa, há muito pouco que o diretor Jean-Marc Vallée se proponha fazer a não ser depositar toda a credibilidade e êxito da empreitada nas mãos de Matthew McConaughey e Jared Leto, ambos em atuações poderosas. O filme traz a história de um homofóbico eletricista do Texas que se descobre soropositivo em pleno auge da epidemia da Aids no início dos anos 80. Os medicamentos testados estavam sob o monopólio de empresas e instituições da indústria farmacêutica que passaram a lucrar com o vírus e dificultar o acesso dos pacientes aos remédios. O protagonista então vê nesse cenário um espaço propício para começar um negócio, fundando um clube de compras de medicamentos, todos conseguidos "por debaixo dos panos". Como mencionei, o longa não é nenhum achado cinematográfico, não há maiores preocupações de Vallée com a linguagem do cinema , com formalismos, apenas com seu elenco, em especial McConaughey e Leto que conseguem passar credibilidade até mesmo para aquele espectador mais descrente em suas respectivas carreiras alguns anos atrás.
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