Os filmes baseados nos romances de Stephenie Meyer podem até continuar levando legiões de fãs da autora aos cinemas, mas continuam sendo uma bomba. A Hospedeira segue o mesmo caminho trôpego de toda a "saga" Crepúsculo. No filme, a Terra foi invadida por extraterrestres que se alojam no corpo dos seres humanos. A protagonista Melanie é uma dessas vítimas e passa a conviver com a alienígena batizada de Pregrina. No entanto, a Peregrina, que habita o corpo de Melanie, começa a questionar as funções que lhe são dada nessa civilização e foge do domínio extraterrestre em busca dos últimos humanos que restaram, entre eles o namorado de Melanie, Jared. Dirigido e roteirizado por Andrew Niccol, que começou a carreira no gênero de maneira promissora com Gattaca e desde então (com exceção de O Senhor das Armas) tem tropeçado projeto após projeto, A Hospedeira não sofre do descompasso entre adaptação e material original, como também acredito que este não era o problema de Crepúsculo, apesar de existir um grupo de defensores que acredite que sim. Os problemas de A Hospedeira, assim como acontece em Crepúsculo, está na base de toda a sua história, a construção de seu plot e das motivações de seus personagens, e por mais concessões que roteiristas e diretores façam, este é um problema que cabe ao material original (apenas um ponto de vista, folks). No mais, as implausibilidades do roteiro, os diálogos de um didatismo primário ("Você é você", diz um personagem em dado momento) e a cafonice e mal gosto visual predominam. Fora que ainda vemos a talentosa Saoirse Ronan pagar um mico clássico: travar diálogos com ela mesma.
The Host, 2013. Dir.: Andrew Niccol. Roteiro: Andrew Niccol. Elenco: Saoirse Ronan, Diane Kruger, Max Irons, William Hurt, Jake Abel, Frances Fisher, Boyd Holbrook, Scott Lawrence, Lee Hardee, Emily Browning. 125 min. Imagem Filmes.
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