A DreamWorks parece ter finalmente aprendido a fazer cinema. Depois de desperdiçar tempo e talento livre com longas como as continuações de Shrek, a série Madagascar e Os Sem Florestas, a divisão de animação do conglomerado Spielberg caiu em si e percebeu que os pequenos não devem ser subestimados. Talvez apostando em um filão no qual pode vir a ser a referência, oferecendo algo que talvez a Pixar não esteja muito interessada, A Origem dos Guardiões é um trabalho semelhante àquele que é o melhor filme da DreamWorks, Como treinar o seu Dragão. A DreamWorks parece ter se conformado que o que faz de melhor é mesmo o puro e genuíno entretenimento. Ainda que A Origem dos Guardiões não consiga ir fundo em sentimentos mais maduros, coisa que a Pixar faz como poucas, A Origem dos Guardiões é um dos trabalhos mais satisfatórios do estúdio. O filme amarra as lendas do Papai Noel, Coelho da Páscoa, Fada do Dente e Sandman, transformando-os em um grupo de super-heróis destinados a proteger a infância em todo o mundo. Quando um vilão chamado Breu (o Bicho Papão) começa a destruir a crença nessas figuras referenciais surge Jack Frost, apontado como o novo membro do seleto grupo de guardiões. Animação simples, não tem muitos rapapés, mas muito eficaz.
Rise of the Guardians, 2012. Dir.: Peter Ramsey. Roteiro: David Lindsay-Abaire. Vozes de: Chris Pine, Alec Baldwin, Hugh Jackman, Isla Fischer, Jude Law, Dakota Goyo, Khamani Griffin, Kamil McFadden, Georgie Grieve, Emily Nordwind. 97 min. UIP.
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