Neta de Elia Kazan (diretor de Uma Rua chamada Pecado e Sindicato dos Ladrões) e filha de Nicholas Kazan (Matilda) e Robin Swicord (Memórias de uma Gueixa), Zoe Kazan herdou os genes do cinema. A jovem atriz apostou alto em sua estreia como roteirista em Ruby Sparks - A Namorada Perfeita, filme sobre um prodigioso escritor em crise criativa antes mesmo de completar os trinta anos e que cria uma musa perfeita para seu próximo trabalho, a encantadora Ruby Sparks. Digo que Kazan apostou alto em sua estreia porque Ruby Sparks vai além da simples comédia romântica, o filme é uma análise sensível sobre os meandros que norteiam o relacionamento de um artista com sua própria obra. Kazan também assume o posto de protagonista e vive sua própria criação, Ruby Sparks, por sinal, uma ótima interpretação. Mesclando as ideias e o processo de seu filme com o universo real (só para termos ideia de como o longa é absurdamente metalinguístico!), Zoe contracena com Paul Dano (também muito bem em cena, como sempre, vivendo o protagonista), seu namorado, e trouxe para a direção os sumidos Jonathan Dayton e Valerie Faris (também casados), dupla que dirigiu Pequena Miss Sunshine e que de lá para cá não fez mais nada.
Ruby Sparks, 2012. Dir.: Jonathan Dayton e Valerie Faris. Roteiro: Zoe Kazan. Elenco: Paul Dano, Zoe Kazan, Annette Bening, Antonio Banderas, Chris Messina, Steve Coogan, Toni Trucks, Deborah Ann Woll, Elliott Gould, Aasif Mandvi. 104 min. Fox.
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