Battleship - A Batalha dos Mares |
O prognóstico se confirmou, Battleship – A Batalha dos Mares é o candidato a pior filme do ano a ser batido. A origem do projeto já era duvidosa, fazer um roteiro em cima das regras do mundialmente conhecido jogo Batalha Naval. O resultado é um Independence Day nos mares sem pé nem cabeça que não cumpre sequer a função de entreter. Taylor Kitsch tem uma das presenças mais desastrosas do filme, o que é gravíssimo já que ele é o protagonista, assim como sua parceira de cena Brooklyn Decker, que confirma o que todos perceberam em Esposa de Mentirinha: a moça não tem talento algum para atuar. Tudo ganha um teor ainda mais bizarro quando vemos Rihanna, que sabe-se lá porque escolhe este projeto para fazer sua estréia, encarnar um tipo meio Sigourney Weaver em Alien. Tedioso.
Battleship, 2012. Dir.: Peter Berg. Roteiro: Erich Hoeber e Jon Hoeber. Elenco: Taylor Kitsch, Rihanna, Liam Neeson, Alexander Skarsgard, Brooklyn Decker, Hamish Linklater, Peter MacNicol, John Tui, Jesse Plemons, Jerry Ferrara. 131 min. Universal.
Flores do Oriente
Flores do Oriente é bem diferente do que Zhang Yimou nos ofereceu nos últimos anos. Aqui, o cineasta troca seus cenários e figurinos exuberantes pela fotografia cinzenta que evoca o luto do conflito armado. No lugar das lutas lindamente fotografadas, o diretor aposta no impacto da violência. Flores do Oriente é um bom filme do diretor – auto-didático e um pouco manipulador nas emoções que pretende gerar no espectador, é verdade, mas um bom filme. O longa trata da invasão japonesa em Nanquim, na China. Para ser mais específico, o longa narra a história de 12 adolescentes, sobreviventes dos ataques, que buscam abrigo em uma capela. Junto com um grupo de prostitutas e um agente funerário norte-americano, que também estão no local, elas procuram uma maneira de sobreviver e despistar as tropas do Japão para fugir de Nanquim. O longa conta com a presença de Christian Bale na pele do agente funerário que faz as vezes de padre para enganar os japoneses, muito bom, por sinal. Mas, certamente, Flores do Oriente não é o terreno que Zhang Yimou tem mais destreza.
P.S.: A Playarte fez uma verdadeira confusão com o título brasileiro do filme. As cópias distribuídas apresentam o filme como Flores da Guerra em suas legendas. No entanto, o pôster e todo o trabalho de divulgação oficial trabalharam o título como Flores do Oriente. Tsc,tsc.
Jin Ling Shi San Chai, 2011. Dir.: Zhang Yimou. Roteiro: Heng Liu. Elenco: Christian Bale, Ni Ni, Xinyi Zhang, Tianyuan Huang, Tong Dawei, Atsurô Watabe, Shawn Dou, Yuan Nie, Shigeo Kobayashi, Kefan Cao. 146 min. Playarte.
A Bailarina e o Ladrão
O espanhol Fernando Trueba volta a trabalhar, desta vez com o requisitado ator argentino Ricardo Darín. Mas A Bailarina e o Ladrão tem pouco a oferecer do ator, a não ser uma belíssima cena em que o personagem de Darín canta para sua ex-esposa, rivalizando com a de Carey Mulligan em Shame, de Steve McQueen, em 2012. O filme é, com méritos cumpridos ou não, de Abel Ayala e Miranda Bodenhofer . Nenhum dos dois atores sustenta bem seus personagens, ainda que Bodenhofer se saia melhor que seu colega, beneficiada, óbvio, pelos números de dança protagonizados por sua personagem. Abel Ayala é estridente, chega a ser incômodo a maneira com que o ator reduz a vivacidade e imaturidade de seu personagem em diálogos excessivamente exclamativos. Mas um dos maiores tropeços do filme é não conseguir fundir as tramas dos seus três personagens, principalmente o Nico de Ricardo Darín que fica de escanteio.
El baile de la Victoria, 2009. Dir.: Fernando Trueba. Roteiro: Fernanda Trueba, Jonás Trueba e Antonio Skármeta. Elenco: Ricardo Darín, Abel Ayala, Miranda Bodenhofer, Ariadna Gil, Julio Jung, Mario Guerra, Marcia Haydée, Luis Dubó. 127 min. Paris Filmes.
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